O MÊS DO ORGULHO LGBTQIA+ EM PORTO NACIONAL FOI MARCADO COM RODA DE DEBATE SOBRE SAÚDE DA POPULAÇÃO

A ação foi realizada pela Prefeitura de Porto Nacional por meio da Fundação da Juventude e contou com depoimentos de lideranças da comunidade.

 

ENCONTRO LGBT VERDADEIRA

 

Amor, respeito, diversidade, resistência, orgulho e direitos, são algumas atitudes que a comunidade  LGBTQIA+ luta diariamente. Para simbolizar e almejar por uma sociedade livre de preconceitos e estigmas, o mês de Junho, especialmente no dia 28, é marcado pelo Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+.

Em alusão ao mês, a Prefeitura de Porto Nacional por meio da Fundação da Juventude realizou nesta quarta-feira (30), na ComSaúde, uma roda de debate com o tema ‘Saúde Mental da População LGBTQIA+: Lutando Contra Estigmas e Preconceitos'. A discussão também abordou os desafios e lutas da comunidade.

Cleber Felix Bizerra Silva, Bacharel em Psicologia pelo Centro de Ensino Universitário de Brasília Uniceb. Psicólogo Clínico, atende crianças, adolescentes casais e população LGBTQIAP+. Especialista em Saúde da Família e Comunidade pela CEULP/Ulbra-FESP- Palmas, contou sobre a importância de debater a saúde mental da população.  

“Têm dados que mostram as violências e até mesmo os assassinatos, tudo isso faz mal a saúde mental da comunidade. É válido ressaltar que devemos cuidar dos nossos próximos, sobretudo esta  população que necessita de cuidados. Temos que garantir a saúde mental”, ressaltou o palestrante.

Quem também contribuiu foi a liderança da comunidade, Rubra Araújo. Doutora em Letras, Ensino de Língua e Literatura pela Universidade Federal do Tocantins (UFT), onde é docente e pesquisadora na graduação e pós graduação em Letras, orientando sobre gênero, (trans) Diversidades no currículo escolar e suas interfaces com a Educação e  Autora de diversos livros.

A pesquisadora falou em uma perspectiva da dimensão do discurso, pois o discurso empodera. E também de conhecer a história da data e os direitos civis da população.

“O grito de liberdade ele tem que vir do oprimido e não do opressor. Por isso, devemos reivindicar os nossos direitos, pois somos cidadãos, independente da orientação sexual ou identidade de gênero”, disse a palestrante.

O prefeito Ronivon Maciel participou da roda de debate e esteve atento às demandas do grupo. Ele ainda frisou a relevância de ter políticas públicas à comunidade.  

“Estamos coerentes com aquilo que propomos antes de iniciarmos gestão. Eu busco ter um olhar mais profundo e além disso, pretendemos trabalhar com a inclusão de vocês”, reforçou o gestor.

 

FOTOS2

 

DADOS

De acordo com o relatório da Associação Internacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgêneros e Intersexuais (ILGA), o Brasil ocupa o 1º lugar nas Américas em homicídios contra pessoas LGBTs e é lider em assassinatos de pessoas trans no mundo, sendo o país com os maiores índices de discriminação. 

 

SOBRE A DATA

O mês do orgulho LGBTQIA+ é celebrado em junho porque foi neste mês do ano de 1969 que a polícia invadiu um bar frequentado por membros da comunidade, em Nova York, chamado Stonewall. O episódio deu origem a uma série de protestos e, em junho do ano seguinte, surgiu a primeira grande parada LGBTQIA+, conhecida como "Libertation Day".

 

ENTENDA:

Identidade de gênero tem a ver com a forma como você se apresenta na sociedade, seja mulher, homem, ou uma pessoa que não se encaixe no padrão de binaridade da sociedade, ou até mesmo sem gênero.

Orientação sexual tem a ver com quem você prefere se relacionar: se com pessoas do mesmo gênero ou não.

 

FOTOLGBT03

 

Por Dandara Maria Barbosa/ Secom

Fotos: Kauan Mad