Gravado em Porto Nacional o curta-metragem “A Massa que faz o Pão” foi lançado no recém-inaugurado Cine Clube Rios

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“Cenário de filme”. Em Porto Nacional essa expressão é usada, normalmente, por visitantes para destacar lugares como o Centro Histórico, que tem ganhado contornos literais. Afinal, alguns filmes e documentários já foram gravados em diversos pontos da cidade.

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Casarões centenários, becos e ruas estreitas. Praças e museus. O Rio Tocantins, a formação do lago. A história e o contexto cultural do lugar. Esses são alguns dos retratos de Porto Nacional que mais costumam aparecer na telona, e são, em parte, os motivos pelos quais colocam a cidade no radar de muitos cineastas e produtores audiovisuais em suas gravações.

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Nesse sentido, o cineasta tocantinense Hélio Brito, com dezenas de filmes no currículo, lançou na última semana mais um: “A Massa que faz o Pão”, filmado na cidade considerada “berço da cultura do Tocantins”, com apoio da Prefeitura de Porto Nacional, através da Secretaria Municipal da Cultura e do Turismo (Secult).

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Contemplado pelo Edital de Curta-Metragem do Ministério da Cultura, o filme foi rodado na última quinta-feira (20), na inauguração do Cine Clube Rios, no Centro de Convenções Comandante Vicentão. Programação essa que fez parte da 38ª Semana da Cultura de Porto Nacional, que teve como tema “Do Pontal ao Nacional, 281 anos escrevendo história”.

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Gravado ao longo do mês de março de 2018, e finalizado em setembro do mesmo ano. O filme é protagonizado pelos atores Fernando França, Kaká Nogueira e Éverton dos Andes.

O filme tem a produção-executiva de Sandra Alves, direção de fotografia de Franco Sehabra, produção de elenco, de Maria Lúcia Rocha e trilha sonora de Esdras Campos. O roteiro e a direção ficaram por conta de Hélio Brito. Com duração de 15 minutos, o curta é uma realização das produtoras HB Videofilmes e Krahô Films.

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No curta, a ficção com linguagem surrealista é transcorrida numa cidade imaginária chamada Pontal do Norte. Com uma abordagem histórica e política, ocorre uma solenidade pública para inauguração de um monumento comemorativo ao centenário de construção de uma famosa igreja, intitulada Catedral São Domingos.

Entretanto, um desentendimento em relação aos nomes de colaboradores que deveriam constar na placa comemorativa, converte o local numa praça de guerra. No conflito, um espectador do enredo tem a cabeça decepada, mas não morre.

“O filme A Massa que faz o Pão ficou pronto em setembro de 2018, e foi lançado apenas no Festival Chico de Cinema e Vídeo do Tocantins, edição 2018, onde ganhou o prêmio de Melhor Filme, eleito pelo público, e gravar em Porto Nacional foi muito importante para mim, por dois motivos: os cenários da cidade são realmente cinematográficos e, em segundo lugar, porque Porto é a cidade onde eu nasci e vivi meus primeiros cinco anos de vida”, contou Brito.

Ainda de acordo com ele, a próxima exibição será na Universidade Federal do Tocantins (UFT) campus de Porto Nacional, a partir do segundo semestre deste ano. O curta-metragem, também pode ser assistido e prestigiado pelo Youtube https://www.youtube.com/watch?v=F12iveogynE

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Hélio Brito que também é roteirista e crítico de cinema, tem diversos roteiros e projetos a serem produzidos, e um de seus planos futuros é fazer uma série ou um longa-metragem com os causos e crônicas contadas pelo jornalista portuense Edivaldo Rodrigues.

“Em 2009 fiz um outro trabalho em Porto Nacional. Chama-se “Ligeiramente Grávidas, uma Transa Brasiliana”. Um documentário sobre gravidez na adolescência, e foi exibido em rede nacional de televisão pelas TVs Cultura e Brasil. Também está disponível no Youtube”, destacou Brito.

O artista ainda produziu em 1983, quando morava em Goiânia e era membro do tradicional Cine Clube Antônio das Mortes, o filme "Conceição, My Love". Depois, em 1984, realizou "Cinzas da Quarta-feira", ficção filmada em Gurupi-TO.

Hélio Brito

O cineasta, que estudou História e Filosofia na Universidade Católica de Goiás (UCG), produziu ao longo da carreira, filmes como Ligeiramente Grávidas, Uma Transa Brasiliana (Doc, 2009), Conceição My Love (Ficção, 1983), Gurupi Or Not Gurupi (Doc, 1986), Tocantins Rio Afogado (Doc, 2006), Corpos Perdidos Na Estrada (Ficção, 2007), Padre João da Boa Vista (Doc, 2013), Araguaia Para Sempre (Doc, 2014), entre outros.

Hélio Brito nasceu em Porto Nacional, no ano de 1963. Viveu na terra natal até os 5 anos de idade. Dos 6 aos 17 morou em Gurupi, e dos 17 aos 27 anos, em Goiânia. Atualmente, vive em Palmas desde 1997.

Nos últimos 20 anos criou e dirigiu centenas de documentários e comerciais nos estados de Goiás, Tocantins, Maranhão e Distrito Federal.

Filmografia Hélio Brito

  1. Conceição My Love (Ficção, 1983);
  2. Cinzas da Quarta-Feira (Ficção, 1984);
  3. Gurupi Or Not Gurupi (Doc, 1986);
  4. Cadê Profiro? (Doc, 2004);
  5. Tocantins Rio Afogado (Doc, 2006);
  6. Corpos Perdidos Na Estrada (Ficção, 2007);
  7. Ligeiramente Grávidas, Uma Transa Brasiliana (Doc, 2009);
  8. Padre João da Boa Vista (Doc, 2013);
  9. Araguaia Para Sempre (Doc, 2014);
  10. A Mala dos Peixes Graúdos (Ficção, 2015).

Ficha técnica do filme “A Massa que faz o Pão”

  • Produção: Sandra Alves
  • Produção de Elenco: Maria Lúcia Rocha
  • Direção de Fotografia: Franco Sehabra
  • Trilha Sonora: Esdras Campos
  • Edição: Hélio Brito/Ezér de Souza
  • Produtora: HB Videofilmes/Krahô Films
  • Roteiro: Hélio Brito/Lourival Belém Jr
  • Direção: Hélio Brito

“Acho fantástico Porto Nacional ter um cinema tão moderno como esse que acabou de ser inaugurado, o Cine Clube Rios. E mais importante ainda, de cunho cultural. Que tenha vida longa, que possa exibir grandes obras da cinematografia mundial, além da nossa, claro. Parabéns ao prefeito Joaquim Maia por essa conquista”, comemorou o roteirista e diretor do filme “A Massa que faz o Pão”, Hélio Brito.

 

 

 

Texto: Jornalista Luciana Macedo

Fotos: Arquivos Hélio Brito

Secretaria Municipal da Comunicação